Vieses cognitivos na clínica veterinária

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A maioria dos erros cometidos por médicos não surgem de falta de
conhecimento, mas de vieses cognitivos inerentes em mecanismos de tomada
de decisão. Esses erros surgem de falhas em nossa memória, de peculiaridades
em como direcionamos nossa atenção e da influência de nossas crenças,
desejos e expectativas sobre o que observamos, afinal os animais são incapazes
de falar o que dói, o que sente em relação ao seu mal-estar. O máximo desses
erros são incorporados nos processos do sistema 1. Os erros cognitivos são uma
importante fonte de erros. Pesquisas de médicos e pacientes relatam erros que
levam a danos graves em 35% a 42% dos casos.
Isto é consistente com estudos de autópsia, e mostrou uma discrepância de 20%
a 40% taxa de morte e diagnósticos post mortem, com uma estimativa de 33%
das autópsias ocorrendo apenas porque o diagnóstico correto não foi identificado
antes da morte. Outros estudos encontraram taxas de erro mais baixas (de < 5%
em disciplinas de percepção, como como a radiologia, até 15% em
especialidades que envolvem mais processamento cognitivo, como medicina
interna), mas ainda assim, estima-se que 50% a 96% dos erros médicos são
devidos a erros de decisão. Embora existam poucos dados relevantes, não há
razão para acreditar na frequência ou importância de tais erros seriam menores
em medicina veterinária.